segunda-feira, 18 de novembro de 2013

10 Dicas simples para superar a rotina sexual


SEDUÇÃO
1- Abandone a ilusão de que seu parceiro é previsível, sua relação estável e de que você não precisa mais seduzir o outro, pois já o “conquistou”. Casais que estão juntos há muito tempo podem acabar deixando de lado pequenos atos de sedução e demonstrações de carinho, achando que “não precisa mais”. Esta é uma falha grave. Tente se lembrar do que você fazia para agradar seu par no início do relacionamento e não deixe esses hábitos caírem no esquecimento. Portanto, nada de lingerie velha e aparência descuidada! Para os homens, vale lembrar que toda mulher gosta de se sentir cortejada e especial, nada de trocar os jantares e as saídas por noites na frente da televisão!

DISTÂNCIA
2- Esqueça a ideia de que vocês devem se fundir em um só. Alimente sua individualidade. O desejo requer alguma distância. Trocando em miúdos: preserve seus próprios interesses e sua vida particular. Partilhar senhas de e-mail e redes sociais não é prova de amor, é invasão de privacidade!

CONVERSAR
3- Diálogo é bom, mas não é sinônimo de bom sexo. Homens e mulheres se expressam de forma diferente. Homens podem ter dificuldade em expressar sentimentos com palavras, mas demonstram amor fazendo coisas boas pela parceira, por exemplo. Ser absolutamente sincero pode aumentar a distância entre o casal e até gerar obstáculos intransponíveis. Nas palavras da autora, “quando só valorizamos o que é revelado por palavras, prestamos um desserviço a nós mesmos”. Sabe aquela conversa dos homens sobre fazer as pazes com sexo? Muitas vezes, depois de uma briga, o sexo pode ser uma forma melhor de o casal ficar bem do que a famosa “DR” (discussão da relação) da qual eles tanto fogem! Ninguém está recomendando
que a mulher deva aceitar fazer sexo mesmo estando magoada, mas vale a pena entender que os homens costumam ter dificuldades em expressar o que sentem com palavras e se aproximar fisicamente de você pode ser a maneira dele pedir desculpas.

RESPEITO
4- Respeite as diferenças. Igualitarismo entre homens e mulheres é legal, mas pode inibir o sexo. Desequilíbrio de poder na cama não significa desrespeito à mulher. “A ênfase no sexo igualitário e respeitoso, sem poder, agressão e transgressão é antagônico ao desejo erótico para os homens e mulheres”. Para Perel, “a agressividade, sendo uma emoção humana, não pode ser purgada das interações humanas, especialmente entre duas pessoas que se amam. A agressividade é o lado obscuro do amor. É também um componente intrínseco à sexualidade, e jamais pode ser inteiramente extirpado das relações sexuais.”

PROBLEMAS
5- Aceite que não há fórmula mágica. A ênfase contemporânea na necessidade de ter sucesso na resolução de todos os problemas pode confundir os casais, que passam a achar que há alguma “receita de bolo” a ser seguida. A tensão entre a segurança e a aventura, segundo Esther Perel, não é um problema a ser resolvido; é um paradoxo a ser administrado. E, o mais importante, este conflito pode e deve ser trabalhado, mas não se iluda achando que conseguirá eliminá-lo.

CONTRADIÇÕES
6- Avalie suas contradições. Toda a indústria de diversões sexuais que paira na periferia do casamento funciona como uma sirene incômoda lembrando, o tempo todo, tudo que precisamos sacrificar em troca da vida familiar. Ou seja, há uma “profunda iscrepância entre o que nos estimulam a querer e o que nos permitem ter”. Para ilustrar como ainda há toda uma aura de puritanismo acima de nossas cabeças, Perel cita a forma conservadora como os norte-americanos tratam a sexualidade adolescente, em contraste com os europeus. Enquanto aqueles pregam que a sexualidade na adolescência é perigosa e deve ser evitada, estes coisas que só admito fazer fora do meu casamento? Esta é válida especialmente para os homens: será que você realmente não divide as mulheres entre “as outras”, com quem tudo é permitido e a “sua”, com quem não faz “certas coisas”?

MEDO
7- Perca o medo de ser frágil. Sim, o amor nos deixa vulneráveis. Esta constatação pode tornar o amor algo a ser evitado por toda uma geração que cresceu sendo ensinada a ser forte e independente. Nas palavras de uma jovem mulher que só conseguia fazer sexo e não amor, “nos ensinaram a autonomia, não a dependência”. E, surpresa… para amar é necessário sim tolerar uma certa dose de dependência e vulnerabilidade. É preciso se entregar realmente para o outro, sem medo de ser (ou não) feliz!

FILHOS
8- Atenção com a chegada dos filhos. Filhos são uma benção, mas desestabilizam o casal. Na transição de dois para três, a relação muitas vezes desanda. O bebê nasce e os pais se apaixonam por ele, especialmente a mãe. Como a paixão exige exclusividade, pode ser difícil para a mulher se interessar por qualquer outra pessoa que não seja o novo filho. Muitas mulheres, ao se tornarem mães, sentem que não lhes falta mais nada, e, por isso, o parceiro se torna dispensável. Entretanto, esperar satisfação emocional e física apenas por parte da criança é uma das piores coisas que se pode fazer não apenas contra si mesmo, mas contra a própria criança. Mães que se voltam exclusivamente para o filho e depositam todas as suas necessidades de carinho e conforto nesta relação criam filhos dependentes, que se sentirão aprisionados e culpados quando finalmente chegar a hora de se desligar da mãe em favor dos amigos e, posteriormente, da sua própria família. Portanto, nem que seja pela saúde emocional da sua própria prole, volte-se para outras fontes de prazer além dela. “Quando estamos emocional e sexualmente satisfeitos, permitimos que nossos filhos vivam a própria independência com liberdade e apoio.” Resumindo: filhos devem dormir no seu próprio quarto e não na cama dos pais. Devem saber que há atividades de criança e atividades que são de adulto. Os casais devem reservar momentos para saírem a sós, sem as crianças. Baby sitter não deve ser um artigo de luxo, mas estar no topo da lista de prioridades financeiras do casal com filhos pequenos.

FANTASIA SEXUAL
9- Fantasie. Fantasia sexual aqui não significa apenas atuações, como encenações, strip-teases ou outros atos. Fantasias são também pensamentos, ou seja, podem ficar apenas no plano da imaginação. Através das fantasias sexuais – realizadas ou imaginadas – atuamos e trabalhamos conflitos em relação a nossos desejos, nossos corpos e, por que não, nossos traumas e medos. A fantasia sexual permite, por exemplo, que uma mulher libere sua agressividade sem deixar de
ser feminina e que outra que sempre se sentiu feia e inadequada vire a mais cara e desejada garota de programa. Através da imaginação, podemos nos relacionar com outras pessoas sem trair de fato e sem colocar nosso casamento em risco. As fantasias podem ser contadas para o parceiro, mas isso não é necessário. Não é preciso partilhar seus desejos mais secretos se você não se sente à vontade com isso. Mas permita-se imaginar tudo aquilo que lhe dá prazer e não se preocupe se sua fantasia não é compatível com suas crenças morais ou religiosas, por exemplo. Isso é extremamente comum e não representa problema algum.

RELACIONAMENTO LONGO
10- Abandone o mito de que sexo tem que ser espontâneo. A espontaneidade é um conceito maravilhoso, mas é ilusão acreditar que ela se manterá em uma relação prolongada. Em um relacionamento longo, o que quer que fosse acontecer  naturalmente” já aconteceu. “Agora, o casal tem que fazer acontecer”, diz Perel. Muitas pessoas associam planejamento com estabelecimento de horário, estabelecimento de horário com trabalho e trabalho com obrigação. Mas porque aceitamos planejar o jantar (pensamos nas opções, decidimos o cardápio, fazemos a lista dos ingredientes, preparamos a refeição horas antes) mas recusamos planejar o sexo?
Não é necessário estipular todos os detalhes com antecedência, mas é sim necessário, no cotidiano corrido em que vivemos, separar um tempo específico para estar juntos e transar.


FONTE: Doutora Esther Perel - Terapeuta de casais





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